Veja os principais elementos da acessibilidade para deficientes visuais | Universal Acessibilidade - Produtos de Acessibilidade

A acessibilidade para deficientes visuais envolve tanto elementos físicos como ferramentas digitais, sobretudo nos dias de hoje. Um mundo acessível precisa englobar diversos aspectos, com o objetivo de promover a plena inclusão de todos! 

Portanto, neste artigo, vamos dar um panorama prático dos principais elementos de acessibilidade voltados para quem tem baixa visão ou é cego. São soluções simples, mas que fazem uma diferença enorme no dia a dia. Vamos lá?

Acessibilidade para deficientes visuais: no que investir?

Precisamos ter em mente que a acessibilidade é algo fundamental para todo tipo de projeto, seja ele residencial, comercial ou industrial. Por isso, ao longo dos anos, surgiram soluções modernas e inteligentes que viabilizam a inclusão. 

Dessa forma, separamos abaixo os principais elementos que tem como objetivo auxiliar tanto pessoas cegas como aquelas com baixa visão. 

Pisos táteis: onde pisar faz toda a diferença

Você já deve ter visto aquelas placas emborrachadas ou de cerâmica com relevo espalhados pelo chão das ruas, praças ou estações de metrô. Esses são os pisos táteis, pensados para orientar deficientes visuais que fazem o uso de bengala. 

A bengala entra em contato com o piso tátil, orientando esses indivíduos por meio do tato. Em suma, existem dois tipos de pisos táteis:

  • Piso tátil de alerta: com bolinhas ou relevos arredondados, indicam áreas perigosas, como beira de plataforma ou início de escada;
  • Piso tátil direcional: fileiras de linhas paralelas que indicam o caminho certo a seguir.

Geralmente esses pisos são de borracha, cerâmica ou PVC resistente, instalados embutidos no piso normal.

Eles ajudam a pessoa a entender onde está e para onde deve ir, usando apenas o tato nos pés ou na bengala. É um esforço simples de engenharia civil que muda completamente a experiência de mobilidade urbana!

Sinalização em braille e alto-relevo

Além do piso, as placas em braille e alto-relevo têm um papel fundamental em elevadores, banheiros, portas de salas e até em mapas de orientação.

Afinal, o braille é um famoso sistema de pontos em relevo que permite a leitura tátil. Assim, deve estar em local acessível à altura das mãos.

Já o alto-relevo engloba letras e símbolos salientes que podem ser lidos com o toque. Ele é ótimo para pessoas com visão reduzida, que enxergam pouco, mas conseguem distinguir formas e contrastes.

Nesse sentido, é essencial manter um padrão de altura (geralmente entre 1,2 m e 1,8 m do chão) e de contraste de cor. Letras grandes, em relevo, com fundo contrastante, por exemplo, ajudam todo mundo.

Iluminação e contraste: enxergar é perceber

A acessibilidade para deficientes visuais se beneficia com o uso de luz e contraste, que fazem toda a diferença. Não adianta ter uma placa gigante se ela está no breu ou com cores que se misturam! Isso envolve, principalmente: 

  • Iluminação uniforme: sem muitos reflexos nem sombras fortes; luzes espalhadas, mas sem clarões diretos nos olhos;
  • Contraste de cores: placas escuras com letras claras ou viceversa. O ideal é ter uma diferença de luminância de pelo menos 70% entre o fundo e o texto;
  • Superfícies não refletivas: evite acabamentos brilhantes que geram reflexo e dificultam a leitura.

Deste modo, praças, corredores e ambientes internos devem ter projetistas e arquitetos atentos a esses detalhes. Afinal, para muita gente, “enxergar” é mais sobre captar contrastes do que distinguir cores.

Guias de detecção e corredores táteis

Em construções maiores, como museus, shoppings e terminais de transporte, é comum instalar guias de detecção (faixas contínuas com relevo que apontam caminhos claros). Essas guias são compostas por:

  • Corredores táteis: são faixas alinhadas no piso que funcionam como verdadeiras “estradas” para a bengala;
  • Pontos de mudança: áreas em que o tipo de relevo muda para indicar bifurcações ou locais de parada;
  • Integração com outros elementos: essas faixas podem levar até elevadores, bilheterias, saídas de emergência etc.

Assim, o uso combinado de pisos táteis e guias de detecção cria uma rede de orientação confiável, evitando que a pessoa se perca ou siga em direções erradas.

Mapas táteis e maquetes acessíveis

Quem gosta de planejar rotas usando mapas precisa de algo além do papel impresso. As maquetes e mapas táteis permitem que a pessoa toque e compreenda o espaço antes de se aventurar.

As maquetes em relevo são representações de prédios, ruas e ambientes com proporções exatas, em material resistente. Os mapas em papel especial, por sua vez, são compostos com tinta em relevo e legendas em braille. 

Temos ainda os mapas sonoros, que combinam toques com áudio que descreve o trecho tocado, usando sensores e tecnologia simples.

Esses recursos são fundamentais em ambientes turísticos, museus e grandes edifícios, dando autonomia para quem prefere explorar por conta própria. Como podemos perceber, a acessibilidade para deficientes visuais é bastante abrangente. 

Sinais sonoros e audiovisuais em semáforos

Quando a gente atravessa na faixa, o barulho do sinal tátil faz toda a diferença. Os semáforos equipados com sinal sonoro e avisos táteis nas faixas de pedestre são essenciais. Esses elementos envolvem:

  • Bzzt e clique: tons diferentes que indicam “pode atravessar” ou “não atravesse”;
  • Temporizador sonoro: ruídos mais rápidos quando o tempo está acabando;
  • Botões em alto-relevo: pontos de pressão acessíveis na altura da bengala, muitas vezes com braille.

Esse conjunto transforma a experiência de travessia, tornando as ruas mais seguras para todos!

Elevadores e transportes públicos

Nada mais frustrante do que chegar num transporte imaginando poder entrar e descobrir que não há sinalização tátil, áudio, nem detalhes de contraste.

Pensando nisso, alguns projetos devem contar com painéis em braille dentro dos elevadores, para escolher o andar ou abrir portas. Anúncios de voz também são super importantes, tanto em ônibus como em metrôs. Eles emitem mensagem sonora informando próxima parada.

Por fim, temos a questão da iluminação e contraste dos bilhetes (quando aplicados) e espaços reservados com símbolos em relevo ou alto contraste. Esses elementos melhoram a experiência de quem depende de orientação não visual, garantindo viagens mais seguras e confortáveis.

Mobiliário urbano e design de calçadas

O mobiliário das ruas — bancos, lixeiras, postes e até árvores — precisa ser planejado pensando em todas as pessoas. Veja exemplos:

  • Obstáculos detectáveis: elementos altos (como postes) devem ter sinalização tátil no piso ao redor;
  • Banco com área livre: espaço para bengala ao lado do assento, evitando que ela fique perdida no chão;
  • Calçadas amplas e sem desníveis: pisos contínuos, sem buracos ou rachaduras, e rampas suaves.

Quando o mobiliário urbano é bem projetado, o espaço público vira um ambiente acolhedor, sem “pegadinhas” que geram riscos de quedas.

Banheiros acessíveis e sinalização interna

Banheiros adaptados não servem só para cadeira de rodas. Para deficientes visuais, existem itens que facilitam a vida:

  • Portas fáceis de localizar: com maçanetas táteis e placas em Braille próximo à maçaneta;
  • Barras de apoio: ajudam na orientação dentro da cabine, criando um “mapa” tátil do espaço;
  • Chuveiros e torneiras: torneiras com alavancas longas e chuveiro de mão, com pontos de referência táteis.

Acrescentar pequenas plaquinhas em destaque, em alto-relevo, também ajuda na identificação rápida de acessórios como saboneteira, secador ou lixeira!

Acessibilidade digital: o toque final

Embora o foco aqui seja o físico, não dá para deixar de mencionar um pouco sobre acessibilidade digital. Entre alguns dos principais elementos, podemos citar:

  • Textos alternativos em imagens: garantem que leitores de tela descrevam fotos e ilustrações;
  • Leitores de tela: sites com marcação semântica correta (tags HTML) facilitam a navegação por voz;
  • Contraste de cores e tamanho de fonte: importante tanto nas telas de celulares instalados em terminais quanto no site oficial de um lugar.

Essas pinceladas digitais fazem sentido quando a pessoa quer checar horários, mapas ou serviços antes de sair de casa.

Boas práticas para arquitetos e designers

Se você é arquiteto, urbanista ou designer, fica aqui um recado. Planeje desde o início, pois a acessibilidade para deficientes visuais não é “upgrade” de última hora. Ela deve estar no projeto conceitual.

Além disso, mantenha a manutenção em dia, pois um piso tátil quebrado ou uma lâmpada queimada anulam todo o esforço do projeto. 

E, se quiser dar um passo adiante em seu projeto acessível, conte com a ajuda da Universal Acessibilidade. Possuímos ampla experiência no assunto e contamos com profissionais qualificados para te ajudar nessa missão. 

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